239. Dr. King

Acredito em 3 grandes homens como símbolos do que a humanidade já produziu de melhor. Dois deles já foram protagonistas em nosso blog, Mahatma Gandhi e Nelson Mandela. O texto de hoje completa a série com o terceiro:

Martin Luther King Jr.

Nasceu em 15 de janeiro de 1929, em Atlanta, Geórgia. Filho e neto de pastores da Igreja Batista, resolveu seguir a linha da família a também pregar a palavra religiosa. Nascido em um estado do sul dos EUA, cresceu presenciando toda a venal política segregacionista que existia naquele tempo.

King se tornou o maior expoente da luta pelos direitos civis nos EUA. Imagem: Internet.

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Muito dedicado, em 1948 completou o curso de sociologia na Morehouse College, localizada na cidade em que nasceu. Sempre ligado a religião, no ano de 1951 também concluiu o Seminário Teológico, em Upland, Pensilvânia. Em 1955, fez doutorado em Teologia Sistemática pela Universidade de Boston, Massachusetts.

Concluído os estudos, se tornou pastor na cidade de Montgomery, no Alabama, um dos estados mais racistas dos EUA.

O Caso Rosa Parks

Naquela época, no Alabama, as primeiras fileiras dos ônibus eram reservadas para brancos. Parece surreal imaginar isso hoje, mas era a triste realidade daquele período.

Em dezembro de 1955, Rosa Parks voltava para casa, após o trabalho, quando o motorista pediu para que ela e outros três cidadãos negros levantassem para dar lugar a brancos que haviam entrado no ônibus. Ela se negou a cumprir a ordem e foi levada presa.

Rosa Parks nasceu no dia 4 de fevereiro de 1913, em Tuskgee, Alabama. Foi a protagonista do fato inicial da luta pelos direitos civis nos EUA. Na foto, o momento em que foi presa. Imagem: Internet.

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Pagou fiança e foi liberada. Entretanto, a coragem de Parks estimulou um interessante protesto apoiado por Martin Luther King, o boicote aos ônibus urbanos. A partir daquele momento, milhares de negros passaram a andar quilômetros até os seus destinos, mas não entravam mais nos coletivos.

As empresas  de transporte público passaram a ter prejuízos enormes com a diminuição do fluxo de passageiros.

Foto icônica de Rosa Parks e Martin Luther King. Imagem: Internet.

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O caso chegou a Suprema Corte que, após um ano de protesto, aboliu a segregação racial nos ônibus de Montgomery. Parks ficou conhecida como a mãe da luta pelos direitos civis nos EUA.

Em 1999, aos 88 anos de idade, ela recebeu das mãos do presidente Clinton a medalha de ouro do congresso norte-americano.

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Ascensão do Ícone

A partir daquele momento, o nome do dr. King passou ser uma das grandes referências em torno da luta por igualdade nos EUA. Em 1957, foi um dos criadores e primeiro presidente da Conferência da Liderança Cristã do Sul CLCS (SCLCSouthern Christian Leadership Conference). Em torno dessa organização se basearam inúmeras ações que envolviam a questão racial e civil na América.

Assim como Gandhi, King não era adepto das ações violentas e encontrou na desobediência civil uma forte arma contra o racismo. A ideia surtiu efeito, as caminhadas em prol dos direitos civis eram reprimidas com enorme violência, em especial nos estados do Sul. Dessa forma, um forte debate nacional tomou conta dos Estados Unidos em relação ao assunto, já que imagens do ódio racista se espalharam por todo país.

Em 1963, King encantou o mundo com um discurso que entraria para a história em Washington. Entre tantas falas, um fragmento se imortalizou: “I Have a Dream”, em português “Eu tenho um sonho”. Imagem: Internet.

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—-> Leia o discurso na íntegra em um texto especial no Blog do Clebinho (hiperlink) <—-

A Marcha sobre Washington por Trabalho e Liberdade foi uma manifestação sem precedentes, ocorrida em 28 de agosto de 1963. Negros e brancos de todos os cantos dos EUA se dirigiram a capital do país, reunindo um total de 250 mil pessoas por um mesmo  ideal.

Pressionado, em 2 de julho de 1964 o presidente Lyndon Johnson assinou a Lei de Direitos Civis (1964), colocando um ponto final a segregação racial nos EUA.

O racismo é uma construção social, odioso, não cessando com uma única canetada presidencial. Entretanto, a partir daquele momento, pelo menos perante a lei todos eram iguais. Nenhum local ou pessoa poderia mais separar ou tratar de forma diferente qualquer norte-americano simplesmente por sua cor.

A ideia da  lei partiu do presidente John F. Kennedy, em um belo discurso proferido a nação em junho de 1963. Em novembro,  foi assassinado em Dallas, não podendo colher os frutos do seu ideal de igualdade.

Dr. King sendo agraciado com o Nobel da paz. Imagem: Internet.

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Em 1964, aos 35 anos de idade, Martin Luther King recebeu o prêmio Nobel da paz, pela sua luta não violenta  contra a segregação nos EUA. Foi o mais jovem a receber tal honraria até aquele momento.

Próximo Texto

O assunto continua no próximo texto, a luta é incessante. Teremos as “Marchas de Selma”, o assassinato de King e seu enorme legado. Imperdível!

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Publicado em 14.06.2019

2 comments to “239. Dr. King”
  1. Muito bom trabalho , não gosto muito de ler (sou mais de assistir) mas me sinto preso em cada texto seu, parabéns pelo otimo trabalho.

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