206. Eras Geológicas (Fanerozoico/Mesozoica)

A Era Paleozoica foi o tema central de nosso último texto, fase em que, enfim, a vida  ganhou impulso no planeta Terra. O post atual aborda a Era seguinte, que tem início e fim marcados por extinções em massa.

Era Mesozoica – 252 milhões a 65 milhões de anos atrás

A origem do nome é bem simples, meso significa meio, e zoikós, referente à vida animal. Portanto, entre as Eras com vida no planeta, essa está no meio. Seria a Idade Média das espécies que habitaram a Terra. Não confundir com a nossa, dos seres humanos.

Quadro da era Mesozoica, seus 3 Períodos, Épocas e Idades. Imagem: Internet.

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Assim como a Era anterior, é dividida em períodos, nesse caso são 3:

Triássico – 252 a 200 milhões de anos atrás

O nome foi dado pelo geólogo alemão Von Alberti, em 1934. Faz referência a 3 (tri) tipo de rochas datadas desse período, encontradas por ele na Alemanha.

A vida marinha era pouco diversificada, já que no período anterior ocorreu uma maciça extinção. Entretanto, durante o seu transcorrer, surgem os primeiros crocodilos, presentes no planeta até os dias atuais. O grande salto em termos de evolução das espécies veio através dos famosos dinossauros, que dominaram completamente a Terra por milhões de anos.

O Postosuchus foi o maior predador do Triássico, um parente dos crocodilos, dinossauros e pássaros, mas não era nenhum deles. Imagem: Internet.

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Os mamíferos, ou os ancestrais deles, continuaram evoluindo no planeta, chegando levemente mais próximos dos que existem hoje. Lembrando que no período anterior já tivemos um animal que pode ser considerado a transição entre répteis e mamíferos. Plantas com sementes (gimnospermas) passam a dominar o cenário.

No início dessa fase, como vimos anteriormente, todos os continentes estavam aglomerados em uma única massa de terras, a Pangeia. Ainda assim, existem indícios que esse mega continente já estivesse sofrendo pressões para se separar, formando rifts e fendas.

No Triássico toda a terra emersa estava reunida na Pangeia. Imagem: Internet.

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Ao final, a pressão venceu, e a enorme massa que unia todos os continentes começou a se fragmentar.

Jurássico – 199 a 145 milhões de anos atrás

O nome tem origem nas montanhas Jura, localizadas nos Alpes da França, local que apresenta grande quantidade de rochas provenientes desse período.

Na fase intermediária deste Período teve início a formação das Montanhas Rochosas, nos EUA, evento que durou até a Era seguinte.

Com a continuidade da separação da Pangeia, o clima do planeta ficou mais propenso para a vida, em especial das plantas. A Pangeia mantinha um interior muito seco, distante do mar, por isso era um enorme deserto. A fragmentação permitiu um clima mais ameno no interior dos continentes, agora menores, e uma quantidade de litorais muito maior.

No Jurássico a Pangeia já tinha iniciado sua separação, que dura até os dias de hoje. Imagem: Internet.

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As alterações iniciadas no período anterior continuaram. A enorme quantidade de florestas temperadas, assim como as úmidas, permitiu o domínio do planeta pelos répteis, nesse caso, os Dinossauros. Esse assunto é tremendamente polêmico, já que existe uma forte corrente científica que defende a tese de que esses enormes animais do passado seriam, na verdade, mais parecidos com aves ou mamíferos. Vejam reportagem do site da BBC.

Foi um momento mágico da evolução humana. Os dinossauros carnívoros se tornaram mais fortes, velozes e inteligentes, alguns deles caçando em grupos. Como antídoto, os herbívoros se tornaram maiores ou desenvolveram carapaças como proteção.

Reconstituição do cenário típica do Período Jurássico. Imagem: Internet.

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Surgem as primeiras aves primitivas, neste caso, desprezando o fato dos dinossauros, possivelmente, serem parentes delas. O site “Eu Quero Biologia” comenta esta possível conexão, confiram. A evolução chega também ao que chamamos de mamífero moderno.

Curiosidade

Por ter sido um momento de grande evolução dos dinossauros, uma famosa sequência de filmes sobre os dinossauros ganhou o nome de Jurassic Park. O detalhe é que a maioria dos “dinos” mostrados no filme existiram no Cretáceo, próximo Período, e não no Jurássico. Entre eles temos o famoso Tiranossauro Rex, os incansáveis Velociraptors, entre outros, confiram essa polêmica no canal Nerdologia.

Cretaceous Park seria o nome mais correto para o filme. Imagem: Internet.

Cretáceo – 145 a 65 milhões de anos atrás

O nome surgiu a partir do geólogo belga D’Omalius d’Halloy, que chamou o Período de “Terrain Cretace”, uma formação geológica próxima a Paris com rochas datadas desse período. Cretáceo deriva do latim cretaceus, que significa algo relacionado a argila esbranquiçada.

Nesse Período tivemos o início da formação da Cordilheira dos Andes, na América do Sul. Esse movimento perdura até os dias atuais.

Este momento marcou o apogeu dos dinossauros, dominando as terras, mares e céus. Mais da metade das espécies que conhecemos, através dos fósseis, viveram neste período.

O deslocamento dos continentes continuou, e já percebemos uma distribuição dos continentes relativamente familiar a atual.

Ao final do Cretáceo, a Configuração dos continentes está mais familiar ao que conhecemos hoje. Imagem: Internet.

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Ao final desse período ocorre a extinção em massa mais conhecida e estudada de todas, a que extinguiu os dinossauros e 60/70% de todas es espécies que existiam.

A hipótese mais aceita sugere que um enorme meteoro, com o tamanho da cidade de Nova Iorque e a massa do monte Everest, tenha se chocado com a Terra, onde hoje é a Península de Yucatan, no México. Esse impacto se deu a uma impressionante velocidade de 72 mil Km/h, provocando uma cratera de 200 km de diâmetro.

A cratera está localizada no México. Como pode ser observado, parte dela está hoje embaixo do mar. Imagem: Internet.

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Esse impacto produziu a incineração da atmosfera, além de levantar toneladas de poeira, que impediu grande parte da radiação solar chegar em nossa superfície. A temperatura caiu e as plantas foram desaparecendo, devido a falta de condições para promover a fotossíntese. Os herbívoros pereceram, depois, os carnívoros na sequência.

Acopla-se a essa teoria outra, em que os dinossauros, no momento do impacto, já eram uma espécie restrita no planeta, resultante de extinções menores que já vinham ocorrendo com algumas espécies que não conseguiram mais se adaptar a novas condições que vinham mudando. Assim, o meteoro só teria finalizado algo que já vinha ocorrendo. Dificilmente teremos a certeza absoluta do que ocorreu naquele momento.

As respostas a esse acontecimento são nebulosas, devido a distância temporal em que se encontra, mas acredita-se que somente animais pequenos, a maioria deles vivendo no subterrâneo, sobreviveram a esta catástrofe. Um exemplo pode ser visto no site da Revista Galileu, confiram.

Existem estudos apontando que cerca de 93% dos mamíferos também foram extintos nesse evento. Vejam em reportagem da Revista Época.

O meteoro abriu espaço para outras espécies no planeta, entre elas, nós. Nosso próximo texto fecha o assunto com a Era do Mamíferos, chamada de Cenozoica.

Espero ter aumentado seu conhecimento. Curta nossa página no Facebook e compartilhe nosso texto! Abraço do Clebinho!

Publicado em 25.06.2018